Ex-secretário de Saúde presta depoimento na CPI que investiga o contrato de gestão do Hospital de Timóteo

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o contrato firmado entre o
Município de Timóteo e o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ) na gestão do
Hospital e Maternidade Timóteo (HMT) ouviu, na tarde desta segunda-feira (02/06), o ex-
secretário municipal de Saúde, Eduardo Morais.
Durante seu depoimento, Morais esclareceu que frente à pasta da Saúde, participou da
assinatura e do início da vigência do contrato com o HMTJ, em abril de 2023, visto que já no
mês seguinte ele assumiu a secretaria de Governo. “Eu não participei efetivamente da
operacionalização do contrato porque em maio de 2023, um mês após a assinatura, eu
deixei de ser o gestor da pasta”, pontuou.
Questionado sobre a gestão do Therezinha de Jesus na Unidade de Pronto Atendimento
(UPA) Geraldo dos Reis Ribeiro, no bairro Primavera, Eduardo afirmou que foi desenvolvido
um grande trabalho. “A referência que tenho da gestora é à frente da UPA, e a UPA
recebeu certificação pela excelência do serviço. Na UPA nós tínhamos uma comissão de
acompanhamento que monitorava o serviço prestado”, informou.
Transparência
Durante a oitiva realizada pela manhã, uma das testemunhas informou que o HMTJ deixou
de publicar os faturamentos do hospital em alguns momentos. Perguntado sobre o que ele
pensava sobre essa situação, o ex-secretário defendeu a necessidade de publicação para
que o Ministério da Saúde tenha conhecimento dos procedimentos realizados. “Quando
uma gestora não faz a publicação, ela dá sinais de deficiência administrativa, que pode ser
por falta de conhecimento ou deslize administrativo. A prestação de contas tem o condão de
identificar possíveis erros na gestão pública, além de ser um mecanismo para evitar
quaisquer suspeitas de irregularidades”, afirmou.
O presidente da comissão, vereador Adriano Alvarenga, questionou a Morais se, enquanto
secretário de Saúde, ele autorizaria o pagamento à gestora do contrato se as prestações de
contas por ela apresentada não fossem validadas, o ex-secretário foi enfático: “eu jamais
pagaria ou assinaria a ordem de pagamento sem a comprovação da prestação do serviço”.
Encaminhamentos
O presidente da comissão, vereador Adriano Alvarenga, solicitou a convocação do diretor
financeiro do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, Benedito Jandiroba. E outras
testemunhas serão ouvidas na próxima segunda-feira (09).