Conheça as formas de diagnóstico e o tratamento da “doença do beijo salgado”

Conheça as formas de diagnóstico e o tratamento da “doença do beijo salgado”

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Na próxima quinta-feira (5) é celebrado o Dia Nacional da Conscientização e Divulgação da Fibrose
Cística, uma data importante para dar visibilidade a uma doença genética que afeta profundamente a vida
de milhares de pessoas. A fibrose cística, também conhecida como "doença do beijo salgado" ou
mucoviscidose, é uma das doenças genéticas graves mais comuns da infância, que, embora rara, atinge
cerca de 70 mil pessoas em todo o mundo, segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil.
Por se tratar de uma doença genética, o diagnóstico precoce é fundamental para melhorar o prognóstico
dos pacientes com fibrose cística, como explica o médico pneumologista da Fundação São Francisco
Xavier (FSFX), Dr. Marcos de Abreu Lima Cota. “O teste do pezinho, realizado nos primeiros dias de vida,
é uma das principais ferramentas para a detecção da doença", reforça.
Outra forma de detectar a fibrose cística, é por meio do teste do suor. “Ele é um exame que avalia a
concentração de sódio e cloro nos pacientes com fibrose cística, pois nesses casos o suor deles é
notoriamente mais salgado, característica que contribui para o nome popular da doença como ‘beijo
salgado’”, explica.
Segundo o médico, os principais sintomas dessa doença são as alterações pulmonares. “Na fibrose cística
ocorre o espessamento das secreções pulmonares, gerando quadro de infecções de repetição. Com isso,
gera uma alteração pulmonar, a bronquiectasia. Ela também gera problemas em outros órgãos com
secreções exócrinas, principalmente o pâncreas, podendo gerar até insuficiência pancreática. Portanto, é
necessário ficar atento aos sintomas como tosse crônica, infecções pulmonares recorrentes e chiados no
peito”, alerta.
Os avanços da medicina têm permitido um tratamento mais eficaz. De acordo com o pneumologista, os
medicamentos que regulam a proteína CFTR, cuja alteração causa a fibrose cística, têm sido
fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. "Esses medicamentos, conhecidos como
modificadores da proteína transmembrana, ajudam a normalizar a função da proteína, retardando a
progressão da doença e melhorando significativamente o prognóstico", detalha o Dr. Marcos.
Porém, o pneumologista da FSFX destaca que os desafios do tratamento em pacientes com fibrose cística
são numerosos e requer atenção e apoio. “Ocorre que as infecções respiratórias recorrentes são comuns
e podem deteriorar a função pulmonar dos pacientes. Elas podem evoluir drasticamente, o que torna
essencial um acompanhamento multidisciplinar com fisioterapia, nutrição e apoio psicológico. Por isso, o
apoio emocional é importante, pois a doença, que geralmente se manifesta na juventude, pode ser difícil
de aceitar e manejar. Em casos avançados, o transplante pulmonar pode ser necessário, embora ainda
seja um procedimento complexo e com acesso limitado no Brasil”, explica.
O profissional ainda alerta para a diferenciação entre a fibrose cística e a fibrose pulmonar. “Muitas
pessoas às vezes confundem, devido ao nome parecido, mas uma não tem nada a ver com a outra. A
fibrose pulmonar é uma condição que afeta principalmente idosos e acomete o interstício pulmonar,
alterando a textura do pulmão, o tornando mais duro. Já a fibrose cística é caracterizada pela
bronquiectasia, que é a dilatação dos brônquios, com consequência de disfuncionalidade nós mesmos”,
orienta.

FSFX - Fundação São Francisco Xavier
Av. Kiyoshi Tsunawaki, 41 - Bairro das Águas, Ipatinga - MG
CEP: 35160-158
www.fsfx.com.br
Portanto, a conscientização sobre a fibrose cística é essencial para melhorar o diagnóstico e o tratamento
da doença. “Neste 5 de setembro, é fundamental que todos nós façamos nossa parte para divulgar
informações sobre essa doença, contribuindo para um diagnóstico precoce e para a melhoria da qualidade
de vida dos pacientes”, conclui Marcos de Abreu Lima Cota.
Fundação São Francisco Xavier
A Fundação São Francisco Xavier é uma entidade filantrópica que atua desde 1969 e conta com cerca de
6.000 colaboradores. Atualmente, administra duas unidades hospitalares, sendo o Hospital Márcio Cunha
com cerca de 70% dos atendimentos pelo SUS, em Ipatinga, e o Hospital Municipal Carlos Chagas com
100% dos atendimentos pelo SUS, em Itabira (MG). As unidades hospitalares têm uma gestão marcada
pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança.
Além das unidades hospitalares, a Fundação é responsável por administrar a operadora de Planos de
Saúde Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, o Centro de Odontologia Integrada, que mantém os
melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do Trabalho,
Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, que soma mais de 160 mil vidas sob sua gestão. Na área
educacional, o Colégio São Francisco Xavier, unidade precursora localizada em Ipatinga, é referência em
Educação na região, com cerca de 3 mil alunos, da educação infantil à formação técnica.